Febre amarela
Doença febril aguda de curta duração e gravidade variável, causada por um vírus. Existem dois ciclos de transmissão, o silvestre acontece quando o homem acidentalmente entra no ciclo de transmissão entre os animais, os macacos são os principais hospedeiros. Na forma humana o homem é o único hospedeiro e a transmissão acontece pelo ciclo homem-mosquito-homem.
O vírus causador pode ser transmitido por dois mosquitos. via aedes aegypti, na forma urbana e haemagogus janthinomys na forma silvestre. Após a picada do mosquito a doença se manifesta entre 3-6 dias no homem.
O quadro clínico é marcado por inicio súbito de febre alta, dor de cabeça, dor muscular, prostração, náusea, vômitos e calafrios. No terceiro ou quarto dia da doença pode haver remissão do quadro clínico com desaparecimento da febre e melhora clínica. O quadro pode evoluir para melhora ou horas depois evolui para a forma grave, com aumento da febre, diarréira e reaparecimento dos vômitos com aspecto de borra de café. Ainda pode surgir icterícia, dor abdominal e sintomas hemorrágicos. Na fases finais pode ocorrer rebaixamento do nível de consciência e evolução para o coma. A forma grave chega a 50% de letalidade, normalmente entre o sexto e o sétimo dia da doença.
A sorologia para o diagnóstico é realizada após o quinto dia da doença. Não existe um tratamento especifico para esta doença, baseia-se em medidas de suporte, como medicação para dor, febre, náusea e hidratação.
Para controle da doença é possível a vacinação e o controle do mosquito transmissor. A vacinação é indicada para todos os moradores de áreas de risco a partir dos nove meses de idade e para viajantes de áreas potenciais de transmissão viral dez dias antes da viagem. A vacina é contra-indicada em gestantes e lactantes com criança de até seis meses de idade.
Artigo enviado pelo : Dr. Thomas Edson Ferreira, Formado em medicina pela Unesc, Pós graduado em Oftalmologia.