Os casos de malária aumentaram novamente no Espírito Santo. Até o momento, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), há 80 casos confirmados, sendo 62 em Vila Pavão, noroeste do Estado, e 18 em Barra de São Francisco. Deste total, uma morte foi registrada.
Um caminhão de inseticida chegou ao município na noite da última terça-feira (7). São produtos para serem borrifados dentro das casas e para serem espalhados pelas ruas. Além disso, chegaram também 500 testes rápidos para a identificação da malária. Os testes serão realizados por equipes de saúde durante visitas na zona rural.
A suspeita da prefeitura do município é de que a malária tenha ido para Vila Pavão levada por familiares de pessoas que vivem na região norte do país (Acre, Rondônia, Amazonas), que foram ao município visitar parentes ou os próprios moradores que tenham ido e voltado.
Mais sobre a malária na região
De acordo com a Prefeitura de Vila Pavão, cinco localidades da zona rural são consideradas áreas de risco. Equipes do município, da Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) e do Governo Federal estão monitorando essas comunidades.
“Nós estamos com quatro frentes principais de trabalho. Uma das principais que estamos desenvolvendo no momento seria o que chamamos de ‘bloqueio’. Temos uma equipe com mais de 15 homens atuando dentro dessas cinco localidades que estão mais afetadas, e que tem essa incidência, onde está sendo feito um trabalho de borrifação de um inseticida, que não é comum, é específico para a questão da malária.
Então, essa equipe tem trabalhado incessantemente nesse bloqueio evitando a disseminação dessa epidemia. Outra ação que fazemos é a assistência e o diagnóstico direto aos pacientes que são confirmados. Prestamos toda assistência no sentido medicamentoso”, disse Wendryo Januth, enfermeiro coordenador geral da rede municipal de saúde de Vila Pavão.
Situação de emergência
Na segunda-feira (6), a Prefeitura de Vila Pavão decretou situação de emergência em Saúde Pública em razão do surto de malária na cidade. Por conta disso, foi criada a Sala da Situação, com o objetivo de monitorar as ações administrativas de combate à doença.
A medida foi tomada pela Administração Municipal para ampliar as equipes que estão trabalhando no combate e monitoramento da doença.
Veja mais sobre a malária na região
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Ciclo de transmissão da malária (Foto: TV Bahia/Reprodução)
Malária
A malária é uma doença predominante em países tropicais porque é transmitida por mosquito. Segundo a Organização Mundial de Saúde, quase metade da população mundial (3,2 bilhões) está em risco de infecção pela condição.
A África é a região global mais atingida e responde a cerca de 80% dos casos; no Brasil, a doença é mais comum na região Amazônica — com cerca de 99% dos registros nacionais, segundo a Fiocruz.
Os sintomas mais comums da malária são febre, dor de cabeça, vômitos e calafrios. Há a possibilidade de anemia grave e dificuldade para respirar. Em casos mais graves, ocorre a malária cerebral, com convulsões e comas. Os sintomas vão aparecendo em ciclos, na medida em que o parasita vai infectando e rompendo os glóbulos vermelhos.
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Mosquito Anopheles stephensi é vetor da malária (Foto: Jim Gathany/CDC/Reuters)
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Fonte:Informações sitebarra