Acusada de matar o marido, a bacharel em direito responderá por homicídio doloso triplamente qualificado, destruição e ocultação de cadáver; júri em SP pode levar 5 dias.
júri popular de Elize Matsunaga, acusada de matar e esquartejar o marido, o empresário Marcos Kitano Matsunaga, começa nesta segunda-feira (28) em São Paulo, quatro anos após o crime. Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça (TJ), o julgamento está previsto para começar às 9h30 no Fórum da Barra Funda, Zona Oeste da capital paulista. Ele pode durar até cinco dias.
Elize é ré no processo no qual responde presa pela acusação de homicídio doloso triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima), destruição e ocultação de cadáver. Ela confessou que atirou na cabeça da vítima com uma arma e depois a esquartejou em sete partes em 19 de maio de 2012.
O juiz Adilson Paukoski Simoni, da 5ª Vara do Júri da Capital, é o mesmo que condenou o ex-seminarista Gil Rugai a 33 anos e 9 meses de prisão pelo assassinato de seu pai, Luiz Carlos Rugai, e sua madrasta, Alessandra de Fátima Troitino. O crime ocorreu em 2004, dentro da residência do casal em Perdizes, na Zona Oeste da capital.
Para o Ministério Público Estadual (MPE), Elize matou o marido para ficar com o dinheiro de um seguro de vida no valor de R$ 600 mil. O promotor José Carlos Cosenzo ainda suspeita que ela tenha tido a ajuda de outra pessoa – a Polícia Civil ainda investiga esta hipótese.
A defesa de Elize será feita pelos advogados Luciano Santoro e Roselle Soglio. No entendimento deles, a ré matou Marcos para se defender das agressões do empresário, se desesperou e cometeu o esquartejamento. Naquela ocasião, ela havia contratado um detetive particular, que revelou que o marido a traía com uma prostituta.
A ré saiu por volta de 7h18 desta segunda-feira em escolta da Secretaria de Administração Penitenciária vindo do presídio de Tremembé, no Vale do Paraíba, para o Fórum Criminal da Barra Funda. A expectativa é que o julgamento comece entre 9h e 9h30.
O júri pode levar até cinco dias, e a sentença ser definida só na sexta-feira. Elize vai dormir na carceragem do Fórum. Os jurados terão que dormir em hotel ou no fórum, ficando a critério do juiz como isto se dará. Os jurados também não podem falar entre si sobre o caso em julgamento e sempre serão acompanhados por oficiais de justiça.