O policiamento está reforçado na Região Norte de Minas Gerais depois da tentativa frustrada de resgate de integrantes de uma organização criminosa liderada por presos paulistas. Os detentos estavam no Presídio de Segurança Máxima em Francisco Sá. Uma força-tarefa foi montada depois que levantamentos indicaram a intenção dos criminosos. Dois detentos, que não tiveram os nomes divulgados, foram transferidos de avião para outra unidade prisional do país.
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O plano da organização criminosa de fazer o resgate dos presos foi descoberto durante investigações. Diante disso, uma força-tarefa, que contou com as polícias Civil e Militar, o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Subsecretaria de Segurança Prisional (Seap) e o Poder Judiciário, foi criado.
“O serviço de inteligência dos órgãos envolvidos tiveram informação do intento do grupo criminoso que queria resgatar o preso. Nas informações ampliadas, chegou em quem seriam os presos e, a partir daí, o MPMG, e o Judiciário fizeram a notificação para a transferência”, explicou o capitão Wellignton Eduardo Mourão, chefe da seção de planejamento e operações da 11ª Região da Polícia Militar (RPM).
As informações interceptadas eram que aproximadamente 30 pessoas da organização criminosa participariam da operação de resgate. Diante disso, nessa sexta-feira, os órgãos de segurança montaram uma megaoperação para fazer a transferência dos dois detentos, que seriam alvos dos resgates. Um ofício de notificação de transferência cautelar foi expedido pelo poder judiciário. Com isso, os presos, A. F. da S. P. e A .M. de S., que estavam recolhidos no Presídio Francisco Sá, foram levados para outra unidade prisional do país.
Para isso, eles foram retirados da unidade com um forte esquema de segurança, que contou com dezenas de policiais, helicóptero e um avião. Eles foram levados para o aeroporto de Montes Claros, cidade vizinha, em veículos. Depois, embarcaram em uma aeronave e foram levados para um presídio federal. O local foi mantido em sigilo por motivos de segurança. “Foi um forte aparato policial usado na transferência. Um helicóptero acompanhou o comboio. Somente por parte da PM, foram cinco viaturas da companhia especializada e em torno de 30 militares. Fora equipes do sistema prisional”, disse o capitão.
O cerco continuam no Norte de Minas. O policiamento foi reforçado para tentar impedir qualquer ação da organização criminosa. “O plano era que 30 pessoas viriam para fazer o resgate. Não sabemos se realmente vieram. Mas, o policiamento continua reforçado. Inclusive, pedimos para a comunidade ligar 181 (disque-denúncia) em caso de notar alguma movimentação estranha”, concluiu Mourão.
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Fonte: EM