Abusos sexuais contra 16 crianças foram denunciados aos Conselhos Tutelares de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, em 2017. Em todo o ano passado, foram registrados 26 casos.
“É um ato velado, geralmente acontece dentro da família. Quando isso ocorre, é de uma complexidade muito grande para se apurar esses fatos. Em alguns casos, o agressor é o mantenedor da família. A denúncia fica picotada, comprometida”, explica o conselheiro tutelar Romário Manzoli.
Na cidade, o acompanhamento das vítimas é feito pelo Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas). Atualmente, a instituição acompanha 42 crianças que foram agredidas e quatro vítimas de abuso sexual.
Segundo o conselheiro tutelar, é importante observar o comportamento das crianças para detectar possíveis abusos. “Desde a perda do apetite, agressividade, insônia, até a reprodução dos comportamentos. A sexualidade, a linguagem sexual dessa criança fica mais aflorada. Nós, que estamos ligados, percebemos de imediato. A família nem tanto”, disse.
Denúncia
Uma das formas de denunciar os abusos é o Disque 100. Em 2016, o número recebeu mais de 145 mil chamados. O Disque Denúncia (181) também pode ser procurado.