O líder da organização criminosa desarticulada na Operação Blindado de combate a explosão de caixas no Norte de Minas, comandava as ações de dentro do Presídio Regional de Montes Claros. De acordo com a delegada Thalita Caldeira, ele utilizava um telefone celular para dar instruções aos outros integrantes da quadrilha. Vinte pessoas foram presas na manhã desta terça-feira (17) e cinco estão foragidas.
“O chefe da quadrilha detém as técnicas que são necessárias para a prática destes ilícitos. Ele repassava o conhecimento de forma fragmentada para alguns integrantes do grupo”, explicou a delegada.
A ação foi realizada pelo Grupo de Atuação Especial e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Polícia Civil e Polícia Militar. As prisões foram em Montes Claros e Janaúba; 11 investigados já estavam detidos por tráfico de drogas, homicídio, furto e roubo.
Durante a ação, foram cumpridos 42 mandados de busca e apreensão nas casas utilizadas por pessoas envolvidas com a quadrilha, na Penitenciária de Francisco Sá e no Presídio Regional de Montes Claros. Foram apreendidos quatro aparelhos celulares, drogas e computadores.
O grupo foi identificado a partir das explosões de caixas eletrônicos no aeroporto de Montes Claros, em julho de 2015. “A partir daí, passamos a dar atenção especial aos outros eventos de explosões a caixas eletrônicos no Norte de Minas. Percebemos que os crimes tinham características comuns. Os autores residiam em Montes Claros e Janaúba”, diz a delegada.
Segundo as investigações, a quadrilha também praticava roubos na zona rural e furtava veículos; os carros roubados e o dinheiro eram revertidos em drogas e armas. De acordo com a polícia, os criminosos estão envolvidos na morte de uma comerciante durante um roubo em Montes Claros em março deste ano. Maria Geni Gonzaga, de 62 anos, era mãe de um agente penitenciário.
A partir das investigações iniciadas em 2016, o MP chegou até outra quadrilha desarticulada na Operação ‘Conta Encerrada’, realizada em 2017. Na época, quatro pessoas foram presas.
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“Inclusive, um dos autores presos naquela operação também é alvo desta investigação, que é muito maior. A partir de agora o Gaeco, PM e PC, irão desdobrar as atenções a cada uma das explosões. Os envolvidos também serão denunciados em cada uma destas explosões em que for constatada a autoria e a materialidade devida”, informou o promotor Daniel Piovanelli. De acordo com ele, os líderes das quadrilhas são pessoas diferentes, mas se comunicavam e trocavam informações sobre as ações.
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Fonte:GLOBO