Mark Zuckerberg, criador e chefe do Facebook, finalmente se pronunciou a respeito do último escândalo da sua rede social, em que os dados privados de milhões de usuários foram obtidos por uma empresa terceirizada, a Cambridge Analytica, sem que essas pessoas soubessem. O executivo falou com diversos meios da imprensa como a revista Time e o jornal New York Times, além de fazer um post em sua página no próprio Facebook, com um longo texto a respeito do que aconteceu e quais medidas estão sendo (e serão tomadas) para evitar esse tipo de situação no futuro.
Resumindo o grande fluxo de informação que veio de Zuckerberg desde que ele começou a falar, o chefe do Facebook assumiu que foram cometidos erros, especialmente com o sistema que permitiu que a Cambridge Analytica conseguisse tantos dados. Através de um dos famosos “quiz” da rede social, o usuário aceitava fornecer seus dados, mas por tabela a empresa terceirizada teve acesso aos dados de todos os amigos dele também, que nem participaram do quiz e não sabiam que essas informações estavam sendo obtidas. Uma das primeiras medidas do chefe do Facebook foi desabilitar esse recurso, que ele admitiu ser um erro.
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Zuckerberg falou ainda de outras medidas que estão sendo tomadas, como a verificação espontânea de empresas que movimentem grandes volumes de dados de usuários. Agora, antes mesmo de haver alguma denúncia ou suspeita, o Facebook vai verificar a legitimidade das empresas que tenham acesso a um grande volume de informações privadas de seus usuários e as companhias que se negarem a colaborar serão imediatamente banidas. Além disso, empresas que ainda contem com acesso a dados que foi conseguido antes de 2014, quando já foram feitas algumas mudanças na política do Facebook, também serão verificadas.
O chefe do Facebook também prometeu a contratação de um número maior de pessoas envolvidas em operações de segurança da comunidade, com planos de ampliar o número de 15.000 funcionários para mais de 20.000 até o fim do ano. Uma informação um tanto inesperada veio em sua entrevista à rede CNN, em que Zuckerberg assumiu que não opõe totalmente a uma regulação do governo sobre a rede social, dizendo que “não tem certeza se não deveriam ser regulamentados“. O executivo disse ainda que está disposto a testemunhar para o Congresso dos EUA a respeito dos vazamentos.
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A campanha #DeleteFacebook que ganhou bastante espaço ontem, com adesão até de um dos criadores do WhatsApp, também veio à tona em uma das entrevistas com o executivo. Zuckerberg afirmou que não houve um número expressivo de pessoas realmente saindo da rede social, mas que o descontentamento e a desconfiança de muitos usuários ficou evidente para a empresa e não estão sendo ignorados.
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Fonte: The Verge, Engadget, Facebook